quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O papel do blog não é defender nada mas sim trazer leituras e opniõs diversas sobre o tema...
A Venezuela é criadora de uma nova esquerda latino-americana definida por Bolivarianismo. O Bolivarianismo venezuelano conjuga uma ideologia de esquerda, o nacionalismo e o regionalismo contra a hegemonia dos EUA. O populismo Venezuelano, destaca-se nas relações latino-americanas e no sistema internacional, sobretudo por duas razões: A nível económico – factor petróleo, pertencendo à OPEP; Ao nível Político – após a ascensão de Hugo Chávez – a presidência, semelhante à de Perón, com uma política populista, nacionalista e à semelhança de Fidel Castro, equitativa dos rendimentos do petróleo e, segundo os críticos, agrega ainda, o terrorismo e o crime organizado e o autoritarismo.Em suma, esta nova filosofia política nacional da Venezuela conhecida por Bolivarianismo, é caracterizada por defender uma autonomia nacional sendo esta uma das razões porque Chávez e a Venezuela se desvinculam do direito internacional, optando por em 2007 sair do FMI e do Banco Mundial; por uma maior participação do povo, mediante eleições e referendos tentando aproximar-se do modelo de democracia directa; procura uma ética de serviço publico sendo o serviço publico sempre justificado pelo interesse do seu destinatário - o povo, justificando-se por exemplo, assim o encerramento da televisão privada; a distribuição justa dos rendimentos do petróleo levando a uma renegociação dos royalties, dos direitos de concessão de exploração do petróleo venezuelano e por último uma luta contra a corrupção.A importância de Chávez, advém não só do peso da sua decisão na OPEP, como também do peso da sua economia enquanto parceira dos restantes Estados latino-americanos, mas sobretudo, pela sua direcção política que adoptou contra os EUA, contagiando os restantes Estados, nomeadamente o Brasil e a Bolívia. Chávez irá contar com a oposição norte-americana, com a oposição interna das elites, quer dos conservadores católicos, quer com a oposição das associações sindicais e patronais, quer com a oposição da elite ligada ao petróleo e a função pública, mas ao apoiar-se na população de descendência indígena que vive no limiar da miséria consegue uma significante massa de apoio mas torna-se um dos líderes mais controversos da América Latina.Chávez associou-se à guerrilha denominada de MBR (Movimento Bolivariano Revolucionário), instalada junto à fronteira com a Colômbia. Ainda hoje é acusado de colaboracionista com a guerrilha/ máfia da droga da Colômbia. A primeira vez que Chávez aparece na cena política venezuelana foi quando participa no golpe de Estado fracassado, contra o então Presidente venezuelano, Carlos Pérez, sendo preso e posteriormente libertado, 2 anos depois em 1994, quando funda o partido/ movimento “V República”. Este partido irá iniciar uma oposição aos 2 partidos que governavam a Venezuela e que são o COPEI, de pendor democrata-cristão, e a Acção Democrática, mais liberal.Chávez ganha as eleições presidenciais de 1998, é assim, eleito democraticamente com a maioria dos votos. A partir de 1998 procede a uma verdadeira revolução política, económica, social, segundo os críticos, transformando-se num ditador corrupto ao nacionalizar os factores produtivos da nação, por exemplo, pede ao parlamento poderes especiais quase ilimitados para governar, dissolve o Congresso, declara o Estado de emergência, altera e reestrutura o sistema venezuelano e promove a criação de uma nova Constituição, transformando a Venezuela na República Bolivariana da Venezuela, confirma definitiva a democracia como modelo político e económico e proíbe qualquer tentativa de privatização dos recursos petrolíferos.Por força de uma nova Constituição realizam-se novas eleições legislativas e presidenciais, confirmando-se novamente a vitória de Chávez. Reforça-se a reestruturação económica, nomeadamente, reorganiza as centrais sindicais, procede à reestruturação de algumas empresas, aumentando assim, a oposição interna e externa a Chávez, nomeadamente, da elite estrangeira, que tem agora meios interlocutores na Venezuela, a elite interna “renovada” dos principais cargos políticos e os imigrantes, sobretudo europeus, que se sentem perseguidos.
Paralelamente à crise económica internacional, a crise economia interna e a oposição interna precipitaram uma greve geral, exigindo a renúncia de Chávez. Essa greve torna-se importante porque se prolonga no tempo, levando à prisão de Chávez em 2002, sendo anunciado nos media que ele se tinha demitido. Um contra-golpe popular permite a libertação de Chávez e o seu retorno ao poder. A evolução política da Venezuela, é condicionada numa primeira fase pela crise norte-americana dos atentados do 11 de Setembro e pelos compromissos assumidos pelos, EUA na OEA (Organização dos Estados Americanos) e na cena internacional do apoio às democracias.
Por último, Hugo Chávez na sua Política Externa tem promovido uma aproximação aos países do Médio Oriente e claro continua o combate contra a unipolaridade unilateral do sistema Internacional protagonizado pelos Norte Americanos, mas que, pode agora ser estendida aos paises ocidentais (Europa) consequência da frase impulsiva de Juan Carlos "por qué no te callas".
Band também frequentou a escola do mau jornalismo23 outubro 2009
Quando vejo que vai ter alguma matéria sobre a Venezuela na imprensa brasileira, já fico cabreira. Sei que Hugo Chávez vai apanhar e que o bolivarianismo vai ser combatido. Na Band, essa semana, não foi diferente. Aliás, foi é dos piores, isso sim.
Uma série intitulada “A Venezuela sob Chávez” começou a ser exibida terça-feira, dia 20, com o sugestivo subtítulo “o medo da população em Caracas”. Tive acesso aos vídeos do Jornal da Noite, mas, pelo que entendi, foi ao ar também no Jornal da Band (entrando na seção “Vídeos” do site da Band, é só colocar “Venezuela” na busca).
Em 1989, o professor Luiz Roberto Lopez escreveu em seu livro “História da América Latina” que o continente herdou dos processos de indepêndencia, a maioria envolvendo luta armada, uma tendência à violência. A Venezuela foi um dos países que passou por um processo difícil, com várias revoltas desse tipo. Mas a Band decidiu que a violência de Caracas, a “capital mais violenta do mundo”, é culpa de Chávez. E fincou o pé.
“Cada país tem o pequeno príncipe que merece.” Foi com essa ironia que Bóris Casoy abriu a segunda reportagem da série, a pior. Intitulada “confisco de terras e a crise no campo”, diz que a Venezuela importa 80% dos alimentos que consome”. Mas não fala de onde tira a informação.
Fala de novo em medo, mas agora voltado ao campo. E é tudo culpa da Reforma Agrária, segundo a Band: “a expropriação de terras promovida pelo governo venezuelano vem destruindo postos de trabalho e também a produção de alimentos”. Foram entrevistados vários “produtores rurais” e nenhum pequeno agricultor. É óbvio que os grandes estão insatisfeitos com a redistribuição de terras, e isso é ótimo, é sinal de mais igualdade e justiça, menos concentração. Mas esse lado a Band não mostra.
“O direito de propriedade está acabando no país”, diz o repórter. Fica, para quem assiste, a informação de que o povo está perdendo um direito que ele tinha, e é evidente que essa imagem é ruim, ninguém quer perder direitos. Mas não se fala que outros estão ocupando o lugar desse, como os direitos à dignidade e à igualdade, por exemplo.
Quando a gente pensa que vem elogio, como no terceiro dia da série, sobre o baixo preço da gasolina, Boris Casoy completa que é “a custa de um rombo nas contas públicas”. Com o título “gasolina a R$ 0,07″, a reportagem fala apenas nas suas consequências negativas, como o excesso de veículos “velhos e gastões”. Pensou que a crítica viria em função da poluição gerada por eles? Nem se tocou no assunto. O problema, segundo a reportagem, é o trânsito caótico. O repórter vive, nitidamente, em uma sociedade baseada na cultura do automóvel, em que as máquinas são mais importantes que as pessoas.
Não consegui assistir o programa de hoje, mas já foi mais do que suficiente. Na série inteira, apareceu uma única menção positiva à Venezuela, e foi no primeiro dia, para dizer que o povo é alegre e bem humorado. A única boa característica da Venezuela são as pessoas, vítimas desse governo bobo e malvado. O resto da série foi só porrada. Não é forma de falar, não é exagero. Não teve mais nenhum mísero elogio à Venezuela. O único intelectual entrevistado foi um cientista político, bem no fim da série e, como todas as outras fontes, era contra o governo. A própria escolha dos temas já foi bem fraca, escancaradamente direitista, e sua abordagem só corroborou. Serviu apenas para comprovar que a Band também faz parte do PIG, expressão criada por Paulo Henrique Amorim para designar o Partido da Imprensa Golpista.
O Bolivarianismo é uma ideologia que se baseia nas idéias do libertador Simón Bolívar. Em seu uso contemporâneo, geralmente faz referência, entre outros aspectos, a sua concepção de justiça social. Considera-se atualmente que esta ideologia esteja bastante difundida por toda a América Latina, principalmente na região andina.
Aqueles que se fazem chamar bolivarianos dizem seguir a ideologia expressa por Simón Bolívar nos documentos da Carta de Jamaica, oDiscurso de Angostura e o Manifesto de Cartágena, entre outros documentos. Entre suas idéias estão a promoção da educação pública gratuita e obrigatória e o repudio à intromissão estrangeira nas nações americanas e à dominação econômica. Propõe, principalmente, a união dos países latino-americanos.
Atualmente a ideologia bolivariana tem entre seus seguidores o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que, desde que começou na presidência da república, se autodenominou bolivariano e seguidor das idéias de Bolívar. Entre suas ações inspiradas na dita ideologia estão a mudança da Constituição da Venezuela de 1961 na chamada Constituição Bolivariana de 1999, que mudou o nome do Estado para República Bolivariana da Venezuela, e outros atos como a criação e promoção de escolas e universidades com o adjetivo bolivariana, como o são asEscolas Bolivarianas e a Universidade Bolivariana da Venezuela. Todas estas políticas que estão sendo levadas a cabo na Venezuela se enquadram no que se denominou Revolução Bolivariana. A partir de 2005, começou-se a utilizar, além disso, o conceito de Socialismo do Século XXI e a definir o caráter socialista da Revolução Bolivariana na Venezuela.
O grupo insurgente colombiano Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, nos últimos anos, tem anunciado que se consideram inspirados nas idéias de Simón Bolívar, e tem expressado sua simpatia ao presidente venezuelano e à chamada Revolução Bolivariana. O presidente Hugo Chávez, em diversas ocasiões, rechaçou as acusações de que apoia os ditos grupos armados, e tem apelado para que eles deponham as armas e se alcance a paz na Colômbia.
Olá Terceirão

Estamos juntos mais uma vez...Aléma das aulas de sexta a gente poderá aprender um pouco mais sobre as nossas aulas de Atualidades... O vestibular não perdoa portanto...Vamos nessa!!!