sexta-feira, 19 de março de 2010


É difícil dizer se os EUA são ou não uma potência decadente. Vários são os critérios que poderíamos utilizar para avaliar e julgar as potencialidades americanas.Se considerarmos a participação do PIB americano no PIB mundial, os EUA estão  em franca decadência. A economia americana não representa hoje o que representava em termos planetários nas décadas de 50, 60 e 70 do século passado.Todavia, há que se considerar que o aumento da importância econômica dos EUA no cenário internacional naquela época estava diretamente relacionado à destruição das economias européias por causa da II Guerra Mundial.  Inglaterra, Alemanha e França reconstruíram suas economias e recuperaram hoje aimportância que tinham antes da grande guerra.Caso adotemos como critério o crescimento econômico, a China já superou temporariamente os EUA. Enquanto a economia americana oscila entre um crescimento medíocre e recessões, os chineses crescem 10% ao ano uma década. Mas é claro que a China depende do constante fluxo de investimentos externose boa parte do dinheiro que chega lá é proveniente dos EUA.A superioridade militar americana é relativa. É verdade que os americanos têm mais aviões, tanques, embarcações e helicópteros que qualquer outro país. Também é verdade que seu equipamento é moderno ou tão moderno quando o de outras potências militares. Contudo, vários paises estão em condições de destruir quantidades significativas deste material bélico com armas nucleares.O poder de dissuasão atômica de China, Israel, Alemanha, França, Inglaterra, Rússia, Índia, Paquistão e Coréia do Norte (Irã?) limita muito os militares americanos. Eles só podem ter certeza de êxito sem risco de comprometimento em seu próprio território em guerras convencionais na África, América Latinae parte do Oriente Médio.No século XIX o predomínio global do Império Britânico estava relacionado ao carvão. As vastas reservas carboníferas inglesas possibilitaram a construção, ampliação e manutenção do império. Mas o carvão deixou de ser a principal fonte de energia  à medida que o petróleo passou a ser explorado e refinado em larga escala.O petróleo é para os EUA o que o carvão foi para a Inglaterra. As vastas reservas petrolíferas dos EUA levaram o país ao topo e à vitória sobre os alemães e japoneses na II Guerra Mundial.Sonia Shah em seu livro A HISTÓRIA DO PETRÓLEO afirma que já em 1943 o Secretário do Interior americano, Harold Ickes "...estava certo de que os Estados Unidos estavam à beira de uma escassez de petróleo. ´Se houvesse uma Terceira Guerra Mundial, ela teria de ser lutada com o petróleo de alguma outra nação, pois os Estados Unidos não teriam o suficiente´, ele escreveu."Um pouco mais adiante a autora esclarece que "...como havia cada vez mais setores da economia dependentes de petróleo, como o sucesso militar dependia da substância e como o apoio da população estava ligada ao crescimento econômico, controlar os acessos ao óleo cru seria essencial para a manutenção do poder."Na obra citada Sonia Shah informa que na segunda metade da década  de 1950, o geofísico norte-americano M. King Hubbert "...anunciou que, de acordo com os seus cálculos, o rico fluxo de petróleo do Texas e de Oklahoma, assim como o restante das jazidas do país, atingiria o ápice no início dos anos 70, e a partir daí começaria a declinar." A história deu razão a Hubbert.Desde a década de 1970 os americanos passaram a depender do petróleo importado.Quando os árabes e venezuelanos criaram a OPEP e resolveram reduzir a exportação de petróleo, o preço do barril disparou de 3 para 12 dólares. Isto provocou um choque terrível na economia americana, pois na época os EUA não tinham reservas  estratégicas. Desde então, apesar da descoberta de jazidas petrolíferas no Alasca e no Mar do Norte, o preço do petróleo só tem aumentado.Apesar do fim da Guerra Fria, as despesas militares americanas têm crescido para preservar o fluxo constante de petróleo do Oriente Médio. Há bem pouco tempo um importante economista sustentou que os EUA estavam sentindo os efeitos da lei do rendimento decrescente. Os exorbitantes gastos militaresamericanos no Iraque e Afeganistão eram inferiores aos benefícios obtidos porque o preço do petróleo continua a aumentar.Os americanos se tornaram uma potência em razão da abundância e da exploração de suas reservas de petróleo. Mas se tornaram tão dependentes do produto que podem acabar  aprisionados numa armadilha.  Os gringos consumiram suas reservas naturais do produto e  recisam desesperadamente importar o mesmo, mas o acesso às reservas petrolíferas estrangeiras se torna economicamente inviável à medida que gastos militares crescentes precisam ser feitos para  "convencer" (eufemismo para "submeter") os outros povos a cooperar.Há ainda o problema da competição por um produto escasso. Com o aumento das importações petrolíferas da China, as opções americanas de acesso ao petróleo estrangeiro se tornam mais restritas. E a necessidade de guerras e despesas militares por causa do petróleo mais constante.Caso os EUA não utilize todo seu potencial tecnológico para se libertar da excessiva dependência do petróleo o império esta fadado à queda. O ouro negro é o calcanhar de Aquiles dos americanos. E a  fragilidade dos gringos está à mostra para quem quiser ver.A história se repete? Os historiadores dizem que não, mas admitem a possibilidade de que alguns processos históricos podem ser semelhantes.Os nativos da Ilha de Páscoa consumiram todos os recursos naturais da ilha. Em razão disto sua civilização entrou em declínio e teria desaparecido por completo se não existissem as estátuas que provam o florescimento de uma sofisticada sociedade no umbigo do mundo. Tudo indica que o império norte-americano pode estar sofrendo da mesma doença sócio-econômica quedestruiu a civilização da Ilha de Páscoa.A dependência do petróleo estrangeiro e das guerras para obtê-lo pode acabar enterrando os EUA. Na sua lápide poderemos escrever: "Aqui Jazz!"Fábio de Oliveira Ribeiro

quarta-feira, 3 de março de 2010


A Revolução Cubana hoje
Fruto de centenária luta por libertação da condição de colônia - da Espanha até o fim do século XIX e dos EUA na primeira metade do século XX -, a Revolução Cubana é essencialmente um processo de construção da nação.

O aprofundamento deste processo levou, já no início da década de 1960, à reforma agrária, à nacionalização de petroleiras e usinas de açúcar de capital estadunidense e à campanha massiva de alfabetização em que o povo cubano se libertou da "cultura do silêncio", como o educador pernambucano Paulo Freire se referia à situação em que o oprimido assume critérios e valores do opressor para se enxergar no mundo. Em resposta, o governo dos EUA impôs bloqueio econômico a Cuba que dura até hoje.

O caráter socialista da Revolução é, portanto, fruto da radicalização do sentido nacional-democrático que impulsiona a superação da dependência e do subdesenvolvimento em Cuba. E Fidel Castro, que anunciou em fevereiro deste ano que não mais aceitará mandato como presidente e comandante-em-chefe do país, é expressão singular deste meio século de resistência ao imperialismo e de contribuição à construção da civilização latino-americana.

Com pouco mais de onze milhões de habitantes e escassos recursos naturais disponíveis, Cuba conquistou, desde o triunfo revolucionário, em janeiro de 1959, níveis de universalização no acesso à educação, saúde e trabalho que nenhum país da América Latina – incluindo Brasil e México, as maiores economias industriais da região – ou da África conseguiu ainda. Assim como os resultados esportivos de Cuba nas Olimpíadas, o atual nível de vida da população só pode ser comparado ao dos países mais ricos do mundo, sobretudo na Europa.

O colapso da União Soviética, na última década do século passado, obrigou o governo cubano a adotar reformas econômicas emergenciais, uma vez que a URSS era o sustentáculo do Conselho de Assistência Econômica Mútua (Comecon), organização de cooperação que reunia os países do bloco socialista e promovia trocas comerciais a preços favoráveis. De 1989 a 1993, Cuba perdeu 80% do seu comércio exterior e 34% do Produto Interno Bruto. A produção de açúcar, então o principal produto de exportação, caiu de 8 milhões de toneladas para pouco mais de um milhão atualmente.

Foram implantadas medidas drásticas para racionalizar o uso de energia e derivados de petróleo e diversificar a produção agrícola, adotando métodos baseados na agroecologia e na recuperação do solo. Outras fontes de divisas foram buscadas no turismo, na biotecnologia (produção de remédios e vacinas) e na mineração de níquel, cuja produção saltou de 27 mil toneladas em 1993 para 100 mil este ano.

O governo abriu espaços limitados à iniciativa privada e ao trabalho por conta própria, além de permitir aos agricultores vender legalmente no mercado a produção que ultrapassasse as cotas estabelecidas. Áreas de fazendas estatais foram distribuídas a famílias que quisessem se mudar da cidade para o campo e se tornarem pequenos produtores, organizadas em cooperativas. Aquelas que permaneceram na cidade foram estimuladas a criar hortas em terraços, estacionamentos e jardins, num programa hoje difundido em diversos países latino-americanos e asiáticos.

Para facilitar a captação de divisas pelo turismo, em 1993 foram criadas lojas estatais que vendiam produtos de melhor qualidade em dólares. Isso criou o que os próprios cubanos denominaram de "economia dual", isto é, diferenciação entre os cubanos que continuavam a receber em moeda nacional daqueles que, trabalhando em atividades ligadas ao turismo, ganhavam em dólares e podiam usufruir de um padrão de consumo diferenciado.

Estas medidas emergenciais foram sendo parcialmente revertidas à medida que a recuperação econômica começou a mostrar seus efeitos, já no final da década de 1990. A Alternativa Bolivariana para os Povos das Américas (ALBA), iniciativa dos governos de Cuba e da Venezuela, e que hoje inclui ainda Bolívia, Equador e Nicarágua, também contribuiu para aliviar as dificuldades para a importação de combustíveis, ao promover a troca direta de petróleo venezuelano por trabalho de médicos cubanos nas favelas de Caracas.

Novas licenças para trabalho por conta própria deixaram de ser emitidas e tantas outras foram revogadas, resultando numa queda expressiva no número de trabalhadores nesta situação: de 200 mil em 1997, hoje são pouco mais de 120 mil. Somados aos cerca de 150 mil trabalhadores agrícolas autônomos, representam pouco mais de 6% da população economicamente ativa, 75% da qual continua empregada pelo Estado.

A principal reforma do governo cubano desde que as perspectivas da economia melhoraram foi no sentido de superar a dualidade econômica. Em 2004, as lojas estatais deixaram de aceitar moeda estrangeira e, embora a posse de dólares continue permitida, o governo criou uma taxa de 10% sobre o câmbio do dólar que não é aplicada a outras moedas, estimulando o uso do Euro no turismo e antecipando a intensa desvalorização da moeda estadunidense nos últimos anos.

Em continuidade ao processo de aperfeiçoamento da economia e já sob a presidência de Raul Castro, eleito sucessor de Fidel, o governo cubano anunciou em maio deste ano medidas para reformar o sistema salarial, eliminando o teto dos pagamentos e ampliando os prêmios por produtividade, vinculando os salários a metas de produção ou de qualidade na prestação de serviços.

Nos últimos anos, as taxas de crescimento da economia cubana têm sido das mais altas da América Latina e do mundo, devendo fechar 2008 com expansão acima de 5,5%, a despeito do bloqueio econômico que o governo dos EUA, à revelia das sucessivas condenações na ONU, segue mantendo contra o povo de Cuba.

A resistência ao imperialismo pela superação do subdesenvolvimento segue encontrando importantes lições no processo revolucionário de Cuba, que há quase 50 anos constrói uma alternativa política e econômica ao capitalismo liberal, fundando no socialismo os alicerces de uma nação soberana.
República de Cuba (CUBA) é uma ilha subtropical localizada no Mar do CARIBE e aos que pensam tratar-se de uma Ilha com coqueiro no meio terão uma surpresa muito grande ao constatarem que sua dimensão chega a 1.200 km de uma ponta a outra (Mais ou menos a mesma distancia Brasília a Curitiba), quase do tamanho da América Central. Sua população chega a 11 milhões de habitantes sendo 3 milhões somente na capital (Havana).
Não existem analfabetos e 70% de sua população possui nível Universitário e isto por incrível que pareça está trazendo um certo problema na medida em que quase não existe mais a mão de obra campesina para trabalhar nos campos de produção (Problema "Suys Generis"). Cuba é hoje referência no Saneamento Básico, Educação e Medicina Social já que a saúde lá é publica e de ótima qualidade.
CUBA NÃO tem divida externa e vive nos dias de hoje seu melhor momento econômico com um crescimento anual na ordem de 4%. Passou a exportar tecnologia em diversas áreas principalmente, BIOTECNOLOGIA, NOVAS TÉCNICAS NA SAUDE, COSMÉTICA. É um País que esta investindo muito na pesquisa e desenvolvimento do uso do conhecimento humano (Inteligência).

Cubanos celebram aniversário 51 do Triunfo da Revolução

La Habana (Prensa Latina) Os cubanos celebram hoje o aniversário 51 do Triunfo da Revolução entre benefícios e novos desafios enfatizados por uma severa crise econômica mundial. Para os habitantes da ilha caribenha este acontecimento ocorrido no dia 1 de janeiro de 1959 significou a materialização dos sonhos de justiça daqueles que entregaram suas vidas ao longo de mais de 100 anos de luta para obter a verdadeira independência da nação.
 
Pouco depois de instalado no poder, o governo revolucionário desmantelou o sistema político neocolonial, dissolveu corpos repressivos e pela primeira vez garantiu aos cidadãos o exercício pleno de seus direitos.
 
Também saneou a administração pública e confiscaram bens malversados para erradicar essa prática da vida republicana.
 
A chegada da Revolução constituiu a dignificação do ser humano como centro e motivação da direção revolucionária que assumiu com prontidão as transformações necessárias.
 
Nesse sentido, uma das medidas que constituiu uma meta foi a Lei de Reforma Agrária, aprovada em 17 de maio de 1959, a qual eliminava o latifúndio ao nacionalizar todas as propriedades de mais de 420 hectares de extensão, e entregava a propriedade da terra a dezenas de milhares de camponeses.
 
Outras transformações do novo governo contribuíram para por ponto final à discriminação racial, de gênero, ao analfabetismo e garantir o direito dos cidadãos à saúde e ao esporte, entre outros benefícios.
 
Durante a cerimônia celebrada na oriental província de Santiago de Cuba, o presidente Raúl Castro sublinhou que "as revoluções só avançam e perduram quando o povo as leva adiante".
 
"Ter compreendido essa verdade e atuado invariavelmente em consonância com ela, foi o fator decisivo da vitória da Revolução cubana frente a inimigos, dificuldades e desafios aparentemente invencíveis", enfatizou o dignatário.
 
Chamou a estar alerta diante dos perigos externos e das atuais turbulências do mundo contemporâneo -em referência à crise econômica mundial-, ao mesmo tempo em que advertiu que mudar a realidade não será fácil, por isso chamou os cubanos a prosseguir a luta.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O papel do blog não é defender nada mas sim trazer leituras e opniõs diversas sobre o tema...
A Venezuela é criadora de uma nova esquerda latino-americana definida por Bolivarianismo. O Bolivarianismo venezuelano conjuga uma ideologia de esquerda, o nacionalismo e o regionalismo contra a hegemonia dos EUA. O populismo Venezuelano, destaca-se nas relações latino-americanas e no sistema internacional, sobretudo por duas razões: A nível económico – factor petróleo, pertencendo à OPEP; Ao nível Político – após a ascensão de Hugo Chávez – a presidência, semelhante à de Perón, com uma política populista, nacionalista e à semelhança de Fidel Castro, equitativa dos rendimentos do petróleo e, segundo os críticos, agrega ainda, o terrorismo e o crime organizado e o autoritarismo.Em suma, esta nova filosofia política nacional da Venezuela conhecida por Bolivarianismo, é caracterizada por defender uma autonomia nacional sendo esta uma das razões porque Chávez e a Venezuela se desvinculam do direito internacional, optando por em 2007 sair do FMI e do Banco Mundial; por uma maior participação do povo, mediante eleições e referendos tentando aproximar-se do modelo de democracia directa; procura uma ética de serviço publico sendo o serviço publico sempre justificado pelo interesse do seu destinatário - o povo, justificando-se por exemplo, assim o encerramento da televisão privada; a distribuição justa dos rendimentos do petróleo levando a uma renegociação dos royalties, dos direitos de concessão de exploração do petróleo venezuelano e por último uma luta contra a corrupção.A importância de Chávez, advém não só do peso da sua decisão na OPEP, como também do peso da sua economia enquanto parceira dos restantes Estados latino-americanos, mas sobretudo, pela sua direcção política que adoptou contra os EUA, contagiando os restantes Estados, nomeadamente o Brasil e a Bolívia. Chávez irá contar com a oposição norte-americana, com a oposição interna das elites, quer dos conservadores católicos, quer com a oposição das associações sindicais e patronais, quer com a oposição da elite ligada ao petróleo e a função pública, mas ao apoiar-se na população de descendência indígena que vive no limiar da miséria consegue uma significante massa de apoio mas torna-se um dos líderes mais controversos da América Latina.Chávez associou-se à guerrilha denominada de MBR (Movimento Bolivariano Revolucionário), instalada junto à fronteira com a Colômbia. Ainda hoje é acusado de colaboracionista com a guerrilha/ máfia da droga da Colômbia. A primeira vez que Chávez aparece na cena política venezuelana foi quando participa no golpe de Estado fracassado, contra o então Presidente venezuelano, Carlos Pérez, sendo preso e posteriormente libertado, 2 anos depois em 1994, quando funda o partido/ movimento “V República”. Este partido irá iniciar uma oposição aos 2 partidos que governavam a Venezuela e que são o COPEI, de pendor democrata-cristão, e a Acção Democrática, mais liberal.Chávez ganha as eleições presidenciais de 1998, é assim, eleito democraticamente com a maioria dos votos. A partir de 1998 procede a uma verdadeira revolução política, económica, social, segundo os críticos, transformando-se num ditador corrupto ao nacionalizar os factores produtivos da nação, por exemplo, pede ao parlamento poderes especiais quase ilimitados para governar, dissolve o Congresso, declara o Estado de emergência, altera e reestrutura o sistema venezuelano e promove a criação de uma nova Constituição, transformando a Venezuela na República Bolivariana da Venezuela, confirma definitiva a democracia como modelo político e económico e proíbe qualquer tentativa de privatização dos recursos petrolíferos.Por força de uma nova Constituição realizam-se novas eleições legislativas e presidenciais, confirmando-se novamente a vitória de Chávez. Reforça-se a reestruturação económica, nomeadamente, reorganiza as centrais sindicais, procede à reestruturação de algumas empresas, aumentando assim, a oposição interna e externa a Chávez, nomeadamente, da elite estrangeira, que tem agora meios interlocutores na Venezuela, a elite interna “renovada” dos principais cargos políticos e os imigrantes, sobretudo europeus, que se sentem perseguidos.
Paralelamente à crise económica internacional, a crise economia interna e a oposição interna precipitaram uma greve geral, exigindo a renúncia de Chávez. Essa greve torna-se importante porque se prolonga no tempo, levando à prisão de Chávez em 2002, sendo anunciado nos media que ele se tinha demitido. Um contra-golpe popular permite a libertação de Chávez e o seu retorno ao poder. A evolução política da Venezuela, é condicionada numa primeira fase pela crise norte-americana dos atentados do 11 de Setembro e pelos compromissos assumidos pelos, EUA na OEA (Organização dos Estados Americanos) e na cena internacional do apoio às democracias.
Por último, Hugo Chávez na sua Política Externa tem promovido uma aproximação aos países do Médio Oriente e claro continua o combate contra a unipolaridade unilateral do sistema Internacional protagonizado pelos Norte Americanos, mas que, pode agora ser estendida aos paises ocidentais (Europa) consequência da frase impulsiva de Juan Carlos "por qué no te callas".