sábado, 20 de março de 2010
Filha de Che diz que mídia cria personagens para caluniar Cuba
A pediatra cubana Aleida Guevara March, filha do líder revolucionário Erbesto Che Guevara, criticou, nesta quinta-feira (11), os grupos de direitos humanos que pedem a libertação de presos na ilha governada por Raúl Castro. De acordo com ela, Orlando Zapata, que morreu há duas semanas após uma greve de fome de 85 dias, era um 'delinquente comum'.
Aleida participou de palestra na Faculdade de Filosofia e Humanas da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Ao ser questionada sobre as greves de fome para pressionar o regime de Cuba, ela foi enfática ao afirmar que são manipuladas para prejudicar a imagem de Cuba. "São personagens criados pela mídia para caluniar Cuba. Recebem dinheiro de empresários dos Estados Unidos e Europa que são contrários à revolução cubana", afirmou."Normalmente, um preso faz greve de fome para conseguir sua liberdade. Mas este queria TV, telefone e cozinha. Isso é absurdo. Ele deveria ter sido tratado é por psiquiatras. Não era um preso político", disse ela sobre Orlando Zapata.
Aleida lembrou o caso de epidemia de dengue que, na década de 80, matou 101 crianças em Cuba. De acordo com a ilha, o surto foi resultante de guerra bacteriológica desencadeada por agentes da CIA. "Que associação de direitos humanos fez algo pelo povo cubano, contra aquele e outros crimes? E com que direito eles agora criticam algo sobre a soberania de Cuba?", questionou.
Médica pediatra, Aleida Guevara passou o dia de quinta-feira em Salvador e, além da palestra para universitários, ela visitou a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) para conhecer os projetos que ajudaram no novo conceito de desenvolvimento social, com o foco principal na quebra do ciclo geracional da pobreza, por meio de capacitação e geração de emprego e renda.
De Salvador, a filha do Che iria a Sergipe, onde participaria, nesta sexta-feira, na cidade de Umbaúba, de seminário promovido pelo Movimento dos Sem Terra (MST), com o tema "O Socialismo Frente à Crise Econômica Mundial".
Ainda em Umbaúba, ela fará a inauguração simbólica da unidade de saúde que leva o nome de seu pai, Hospital Doutor Ernesto Che Guevara. No sábado, ela participa da palestra O Papel da Militância na Construção das Transformações Sociais, que acontece no Instituto Federal de Sergipe, em Aracaju.
sexta-feira, 19 de março de 2010
É difícil dizer se os EUA são ou não uma potência decadente. Vários são os critérios que poderíamos utilizar para avaliar e julgar as potencialidades americanas.Se considerarmos a participação do PIB americano no PIB mundial, os EUA estão em franca decadência. A economia americana não representa hoje o que representava em termos planetários nas décadas de 50, 60 e 70 do século passado.Todavia, há que se considerar que o aumento da importância econômica dos EUA no cenário internacional naquela época estava diretamente relacionado à destruição das economias européias por causa da II Guerra Mundial. Inglaterra, Alemanha e França reconstruíram suas economias e recuperaram hoje aimportância que tinham antes da grande guerra.Caso adotemos como critério o crescimento econômico, a China já superou temporariamente os EUA. Enquanto a economia americana oscila entre um crescimento medíocre e recessões, os chineses crescem 10% ao ano uma década. Mas é claro que a China depende do constante fluxo de investimentos externose boa parte do dinheiro que chega lá é proveniente dos EUA.A superioridade militar americana é relativa. É verdade que os americanos têm mais aviões, tanques, embarcações e helicópteros que qualquer outro país. Também é verdade que seu equipamento é moderno ou tão moderno quando o de outras potências militares. Contudo, vários paises estão em condições de destruir quantidades significativas deste material bélico com armas nucleares.O poder de dissuasão atômica de China, Israel, Alemanha, França, Inglaterra, Rússia, Índia, Paquistão e Coréia do Norte (Irã?) limita muito os militares americanos. Eles só podem ter certeza de êxito sem risco de comprometimento em seu próprio território em guerras convencionais na África, América Latinae parte do Oriente Médio.No século XIX o predomínio global do Império Britânico estava relacionado ao carvão. As vastas reservas carboníferas inglesas possibilitaram a construção, ampliação e manutenção do império. Mas o carvão deixou de ser a principal fonte de energia à medida que o petróleo passou a ser explorado e refinado em larga escala.O petróleo é para os EUA o que o carvão foi para a Inglaterra. As vastas reservas petrolíferas dos EUA levaram o país ao topo e à vitória sobre os alemães e japoneses na II Guerra Mundial.Sonia Shah em seu livro A HISTÓRIA DO PETRÓLEO afirma que já em 1943 o Secretário do Interior americano, Harold Ickes "...estava certo de que os Estados Unidos estavam à beira de uma escassez de petróleo. ´Se houvesse uma Terceira Guerra Mundial, ela teria de ser lutada com o petróleo de alguma outra nação, pois os Estados Unidos não teriam o suficiente´, ele escreveu."Um pouco mais adiante a autora esclarece que "...como havia cada vez mais setores da economia dependentes de petróleo, como o sucesso militar dependia da substância e como o apoio da população estava ligada ao crescimento econômico, controlar os acessos ao óleo cru seria essencial para a manutenção do poder."Na obra citada Sonia Shah informa que na segunda metade da década de 1950, o geofísico norte-americano M. King Hubbert "...anunciou que, de acordo com os seus cálculos, o rico fluxo de petróleo do Texas e de Oklahoma, assim como o restante das jazidas do país, atingiria o ápice no início dos anos 70, e a partir daí começaria a declinar." A história deu razão a Hubbert.Desde a década de 1970 os americanos passaram a depender do petróleo importado.Quando os árabes e venezuelanos criaram a OPEP e resolveram reduzir a exportação de petróleo, o preço do barril disparou de 3 para 12 dólares. Isto provocou um choque terrível na economia americana, pois na época os EUA não tinham reservas estratégicas. Desde então, apesar da descoberta de jazidas petrolíferas no Alasca e no Mar do Norte, o preço do petróleo só tem aumentado.Apesar do fim da Guerra Fria, as despesas militares americanas têm crescido para preservar o fluxo constante de petróleo do Oriente Médio. Há bem pouco tempo um importante economista sustentou que os EUA estavam sentindo os efeitos da lei do rendimento decrescente. Os exorbitantes gastos militaresamericanos no Iraque e Afeganistão eram inferiores aos benefícios obtidos porque o preço do petróleo continua a aumentar.Os americanos se tornaram uma potência em razão da abundância e da exploração de suas reservas de petróleo. Mas se tornaram tão dependentes do produto que podem acabar aprisionados numa armadilha. Os gringos consumiram suas reservas naturais do produto e recisam desesperadamente importar o mesmo, mas o acesso às reservas petrolíferas estrangeiras se torna economicamente inviável à medida que gastos militares crescentes precisam ser feitos para "convencer" (eufemismo para "submeter") os outros povos a cooperar.Há ainda o problema da competição por um produto escasso. Com o aumento das importações petrolíferas da China, as opções americanas de acesso ao petróleo estrangeiro se tornam mais restritas. E a necessidade de guerras e despesas militares por causa do petróleo mais constante.Caso os EUA não utilize todo seu potencial tecnológico para se libertar da excessiva dependência do petróleo o império esta fadado à queda. O ouro negro é o calcanhar de Aquiles dos americanos. E a fragilidade dos gringos está à mostra para quem quiser ver.A história se repete? Os historiadores dizem que não, mas admitem a possibilidade de que alguns processos históricos podem ser semelhantes.Os nativos da Ilha de Páscoa consumiram todos os recursos naturais da ilha. Em razão disto sua civilização entrou em declínio e teria desaparecido por completo se não existissem as estátuas que provam o florescimento de uma sofisticada sociedade no umbigo do mundo. Tudo indica que o império norte-americano pode estar sofrendo da mesma doença sócio-econômica quedestruiu a civilização da Ilha de Páscoa.A dependência do petróleo estrangeiro e das guerras para obtê-lo pode acabar enterrando os EUA. Na sua lápide poderemos escrever: "Aqui Jazz!"Fábio de Oliveira Ribeiro
quarta-feira, 3 de março de 2010
A Revolução Cubana hoje Fruto de centenária luta por libertação da condição de colônia - da Espanha até o fim do século XIX e dos EUA na primeira metade do século XX -, a Revolução Cubana é essencialmente um processo de construção da nação. O aprofundamento deste processo levou, já no início da década de 1960, à reforma agrária, à nacionalização de petroleiras e usinas de açúcar de capital estadunidense e à campanha massiva de alfabetização em que o povo cubano se libertou da "cultura do silêncio", como o educador pernambucano Paulo Freire se referia à situação em que o oprimido assume critérios e valores do opressor para se enxergar no mundo. Em resposta, o governo dos EUA impôs bloqueio econômico a Cuba que dura até hoje. O caráter socialista da Revolução é, portanto, fruto da radicalização do sentido nacional-democrático que impulsiona a superação da dependência e do subdesenvolvimento em Cuba. E Fidel Castro, que anunciou em fevereiro deste ano que não mais aceitará mandato como presidente e comandante-em-chefe do país, é expressão singular deste meio século de resistência ao imperialismo e de contribuição à construção da civilização latino-americana. Com pouco mais de onze milhões de habitantes e escassos recursos naturais disponíveis, Cuba conquistou, desde o triunfo revolucionário, em janeiro de 1959, níveis de universalização no acesso à educação, saúde e trabalho que nenhum país da América Latina – incluindo Brasil e México, as maiores economias industriais da região – ou da África conseguiu ainda. Assim como os resultados esportivos de Cuba nas Olimpíadas, o atual nível de vida da população só pode ser comparado ao dos países mais ricos do mundo, sobretudo na Europa. O colapso da União Soviética, na última década do século passado, obrigou o governo cubano a adotar reformas econômicas emergenciais, uma vez que a URSS era o sustentáculo do Conselho de Assistência Econômica Mútua (Comecon), organização de cooperação que reunia os países do bloco socialista e promovia trocas comerciais a preços favoráveis. De 1989 a 1993, Cuba perdeu 80% do seu comércio exterior e 34% do Produto Interno Bruto. A produção de açúcar, então o principal produto de exportação, caiu de 8 milhões de toneladas para pouco mais de um milhão atualmente. Foram implantadas medidas drásticas para racionalizar o uso de energia e derivados de petróleo e diversificar a produção agrícola, adotando métodos baseados na agroecologia e na recuperação do solo. Outras fontes de divisas foram buscadas no turismo, na biotecnologia (produção de remédios e vacinas) e na mineração de níquel, cuja produção saltou de 27 mil toneladas em 1993 para 100 mil este ano. O governo abriu espaços limitados à iniciativa privada e ao trabalho por conta própria, além de permitir aos agricultores vender legalmente no mercado a produção que ultrapassasse as cotas estabelecidas. Áreas de fazendas estatais foram distribuídas a famílias que quisessem se mudar da cidade para o campo e se tornarem pequenos produtores, organizadas em cooperativas. Aquelas que permaneceram na cidade foram estimuladas a criar hortas em terraços, estacionamentos e jardins, num programa hoje difundido em diversos países latino-americanos e asiáticos. Para facilitar a captação de divisas pelo turismo, em 1993 foram criadas lojas estatais que vendiam produtos de melhor qualidade em dólares. Isso criou o que os próprios cubanos denominaram de "economia dual", isto é, diferenciação entre os cubanos que continuavam a receber em moeda nacional daqueles que, trabalhando em atividades ligadas ao turismo, ganhavam em dólares e podiam usufruir de um padrão de consumo diferenciado. Estas medidas emergenciais foram sendo parcialmente revertidas à medida que a recuperação econômica começou a mostrar seus efeitos, já no final da década de 1990. A Alternativa Bolivariana para os Povos das Américas (ALBA), iniciativa dos governos de Cuba e da Venezuela, e que hoje inclui ainda Bolívia, Equador e Nicarágua, também contribuiu para aliviar as dificuldades para a importação de combustíveis, ao promover a troca direta de petróleo venezuelano por trabalho de médicos cubanos nas favelas de Caracas. Novas licenças para trabalho por conta própria deixaram de ser emitidas e tantas outras foram revogadas, resultando numa queda expressiva no número de trabalhadores nesta situação: de 200 mil em 1997, hoje são pouco mais de 120 mil. Somados aos cerca de 150 mil trabalhadores agrícolas autônomos, representam pouco mais de 6% da população economicamente ativa, 75% da qual continua empregada pelo Estado. A principal reforma do governo cubano desde que as perspectivas da economia melhoraram foi no sentido de superar a dualidade econômica. Em 2004, as lojas estatais deixaram de aceitar moeda estrangeira e, embora a posse de dólares continue permitida, o governo criou uma taxa de 10% sobre o câmbio do dólar que não é aplicada a outras moedas, estimulando o uso do Euro no turismo e antecipando a intensa desvalorização da moeda estadunidense nos últimos anos. Em continuidade ao processo de aperfeiçoamento da economia e já sob a presidência de Raul Castro, eleito sucessor de Fidel, o governo cubano anunciou em maio deste ano medidas para reformar o sistema salarial, eliminando o teto dos pagamentos e ampliando os prêmios por produtividade, vinculando os salários a metas de produção ou de qualidade na prestação de serviços. Nos últimos anos, as taxas de crescimento da economia cubana têm sido das mais altas da América Latina e do mundo, devendo fechar 2008 com expansão acima de 5,5%, a despeito do bloqueio econômico que o governo dos EUA, à revelia das sucessivas condenações na ONU, segue mantendo contra o povo de Cuba. A resistência ao imperialismo pela superação do subdesenvolvimento segue encontrando importantes lições no processo revolucionário de Cuba, que há quase 50 anos constrói uma alternativa política e econômica ao capitalismo liberal, fundando no socialismo os alicerces de uma nação soberana. |
República de Cuba (CUBA) é uma ilha subtropical localizada no Mar do CARIBE e aos que pensam tratar-se de uma Ilha com coqueiro no meio terão uma surpresa muito grande ao constatarem que sua dimensão chega a 1.200 km de uma ponta a outra (Mais ou menos a mesma distancia Brasília a Curitiba), quase do tamanho da América Central. Sua população chega a 11 milhões de habitantes sendo 3 milhões somente na capital (Havana).
Não existem analfabetos e 70% de sua população possui nível Universitário e isto por incrível que pareça está trazendo um certo problema na medida em que quase não existe mais a mão de obra campesina para trabalhar nos campos de produção (Problema "Suys Generis"). Cuba é hoje referência no Saneamento Básico, Educação e Medicina Social já que a saúde lá é publica e de ótima qualidade.
CUBA NÃO tem divida externa e vive nos dias de hoje seu melhor momento econômico com um crescimento anual na ordem de 4%. Passou a exportar tecnologia em diversas áreas principalmente, BIOTECNOLOGIA, NOVAS TÉCNICAS NA SAUDE, COSMÉTICA. É um País que esta investindo muito na pesquisa e desenvolvimento do uso do conhecimento humano (Inteligência).
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